A cultura namibiana atual é influenciada por três fontes:

  • a cultura khoisan, que é a cultura dos povos mais antigos do país;
  • a cultura banto, composta pelo legado cultural dos hereros, ovambos e demais povos de línguas bantas;
  • a cultura dos colonizadores brancos (alemães e sul-africanos).
Seleção namibiana de rúgbi, cujo apelido é "welwitschias", numa referência à planta nacional da Namíbia
Ao fundo, igreja cristã em Windhoek. Em primeiro plano, o Monumento ao Cavaleiro Alemão.

A língua mais falada é o africâner (herança dos colonizadores sul-africanos), porém o oshiwambo, o damara, o herero, o nama, o kavango, o alemão e outras línguas tribais também são falados. A língua oficial, no entanto, é o inglês, que foi adotado pelo governo na tentativa de unificar linguística e culturalmente o país[1].

Os esportes mais populares, o rúgbi e o críquete, também são herança dos colonizadores sul-africanos. A religião mais praticada é o cristianismo (oitenta por cento da população). Também são praticadas religiões tribais. O Islamismo é popular dentro da população nama[2]. As mulheres da etnia himba, no norte do país, possuem um interessante costume: elas untam a pele e os cabelos com uma mistura de manteiga rançosa, cinzas e pó de pedra vermelha chamada otjize, protegendo-se desta forma dos raios solares, da secura do ar e dos mosquitos[3][4].

Os povos de línguas khoisan, por habitarem há mais tempo a Namíbia, possuem um grande conhecimento da natureza local. Uma planta dos desertos namibianos que é utilizada tradicionalmente por eles para alimentação, por exemplo, é o mongongo (Schinziophyton rautanenii), uma planta da família das euforbiáceas (a mesma família da mandioca) cujas sementes são comestíveis.

A maior tribo namibiana é a dos ovambos, tribo de língua banta que representa metade da população do país. Eles se concentram no norte do país. A base da alimentação dos ovambos é o milhete (conjunto de várias espécies de cereais que se caracterizam pelos pequenos grãos), com o qual preparam um mingau chamado ofishima e uma bebida, alcoólica ou não, chamada oshikundu. Também costumam ser consumidas lagartas de mariposa típicas chamadas mopane que vivem nas árvores de mesmo nome[5].

Referências